segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O meu avô morreu! Morreu o marido da minha avó, padrasto da minha mãe, era americano e não falava uma palavra de português, não havia diálogos com ele, casou com a minha avó no ano em que eu nasci.
Habituei-me a vê-lo a jantar à cabeceira da mesa, nos dias de festa, com sorrisos e miminhos aos pequeninos. Ouvia-nos com o olhar.

Fui procurar o meu tio, já não o via há muitos anos.
Encontrei-o muito mais velho, de bengala, com uma barba grande, sofre de solidão e de depressão.
Tem o olhar vazio, cheio de raiva. Não foi um bom reencontro.
Prometi a mim mesma que ia lá voltar, custe o que custar.

O meu filho quer ir viver com o pai, diz que sempre viveu com a mãe e quer experimentar viver com o pai.
Tem 14 anos  e a música que lhe cantava quando ele era pequenino era o Leãozinho do Caetano, nasceu a 02 de Agosto.

Surgiu uma vaga aqui na empresa, que pela ordem natural das coisas, seria eu a ocupar... se eu fiz por isso? não sei...não sei o que é fazer por...só sei fazer e pronto, não sei se a vou ocupar, mas não me parece.

Já tive fases piores na minha vida, mas também já tive melhores.

Nunca tive tanta pena de tanta gente e isso faz-me confusão.

Já não choro há uma carefada de tempo, mas acho que ainda me lembro de como é.


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